Servidores da segurança ampliam mobilização contra parcelamento de salários no RS
O já escasso policiamento ostensivo será ainda menor nos próximos dias no Estado. Em protesto pelo pagamento de apenas R$ 650 na primeira parcela salarial dos servidores, praças e oficiais da Brigada Militar aderiram a uma operação-padrão. No primeiro dia de mobilização, pelo menos 150 brigadianos deixaram de ir às ruas nesta sexta-feira. Por decisão conjunta dos integrantes das forças de segurança pública, o policiamento só será feito se todos os protocolos dos manuais da corporação estiverem sendo atendidos.
Isso significa que viaturas com problemas mecânicos ou de documentação não serão utilizadas — em Porto Alegre, 10% dos carros da BM ficaram retidos nesta sexta. O mesmo vale para o emprego de armas, munições e equipamentos de proteção, como coletes à prova de balas, que estejam vencidos ou com defeitos. Também estão descartadas a realização de operações de inteligência.
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Os policiais militares afirmam ainda que só irão cumprir deslocamentos e transferências de uma cidade para outra caso haja o pagamento antecipado das diárias e das ajudas de custo. As ocorrências atendidas pelo 190 seguirão sendo atendidas, mas é provável que a demora seja bem maior que o tempo usual, em função da escassez de carros nas ruas.
A reação ao sexto parcelamento consecutivo dos salários uniu praças e oficiais da BM. Presidente da Associação dos Oficiais, o coronel Marcelo Frota diz não mais reconhecer a legitimidade do comandante da corporação, coronel Alfeu Freitas Moreira.
Na segunda-feira, 1º, as entidades de servidores da segurança pública voltam a se reunir para discutir o calendário de mobilizações. Na quinta-feira (4 de agosto), todos pretendem paralisar as atividades das 6h às 21h.
O presidente da ABAMF sargento Leonel Lucas comenta sobre a decisão da associação destaca que a BM estará realizando um movimento no dia 4 de agosto.
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