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Por cotovelada em Bolaños no Gre-Nal, William é suspenso por seis jogos

Por cotovelada em Bolaños no Gre-Nal, William é suspenso por seis jogos
01.04.2016 21h51  /  Postado por: upside

Em julgamento de mais de cinco horas, a Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) condenou o lateral-direito William, do Inter, a seis jogos de suspensão pela cotovelada em Miller Bolaños, do Grêmio, no Gre-Nal 409. A decisão tira o jogador das partidas restantes do Gauchão, caso o Colorado chegue à final. Do contrário, cumpre o restante na competição do ano que vem. O clube tem o direito de entrar na Justiça com efeito suspensivo. As duas equipes também podem recorrer.
Já o zagueiro Paulão recebeu pena de um jogo pela expulsão – já cumprida –, e o Grêmio recebeu uma advertência pela redução da área técnica no clássico.
O julgamento em si começou mais de uma hora após o início da sessão. O clima esquentou entre as duas defesas após a tentativa colorada de retirar dois auditores do processo por supostamente participarem de movimentos políticos do Grêmio, citando inclusive o perfil de um deles no Facebook com grupos relacionados à derrota do Inter para o Mazembe no Mundial de 2010. O pedido foi indeferido. As trocas de farpas entre as defesas dos dois times, aliás, deram o tom da sessão.
Após a entrega das provas de ambas as partes, Grêmio e Inter apresentaram lances em vídeo e depoimentos em áudio que pudessem desqualificar alegações do rival. Depois, foi a vez do árbitro Anderson Daronco, que apitou o clássico, ser chamado pela Procuradoria. Ele disse não ter visto a cotovelada de William em Bolaños nem as entradas de Geromel em Aylon e de William em Marcelo Oliveira.
O primeiro jogador a depor foi Paulão. Expulso em um lance com Henrique Almeida, o zagueiro afirmou que não revidou pontapé do atacante gremista, mas levantou a perna por segurança, para que o adversário não caísse em cima dele. Após poucos minutos sentado em frente aos auditores, Paulão deu lugar a William.
O lateral colorado declarou que seu objetivo na dividida com Bolaños era proteger a bola, que sairia pela linha de fundo. Disse que ergueu os braços para manter o equilíbrio ao ver que ocorreria o choque com o adversário. Segundo ele, houve intenção de visitar o atacante no hospital, o que acabou não acontecendo. Também afirmou ter recebido ameaças nas redes sociais e tem evitado sair na rua por medo de represálias.
Com relação a Marcelo Oliveira, William observou que foi “lance de jogo” e que o lateral gremista teria tentado “arranjar tumulto”.
Após a liberação do jogador, o Grêmio tomou a palavra. O vice-presidente jurídico Nestor Hein sustentou que o atleta colorado “teve intenção de acertar e intimidar” Bolaños. Ressaltou que se trata de um caso com dolo eventual e comparou as fraturas na mandíbula do equatoriano a lesões do UFC.
– A entrada tem origem na concepção do mais macho, da porrada. Não se espera uma agressão dessa natureza. Foi toda preparada, premeditada a jogada. Não imagino que tenha intenção de quebrar a mandíbula, mas é dolo eventual. No UFC, nunca ninguém quebrou a mandíbula. A mandíbula é quebrada em acidentes de automóvel. Se o cotovelo vai mais para cima, poderia comprometer ainda mais o atleta – afirmou Hein.
Em seguida, o advogado Rogério Pastl fez a defesa de William. Ele citou dois laudos de especialistas em fraturas na face, que detalharam a possibilidade de até mesmo o dente siso de Bolaños ter interferido na lesão. Sustentou que a tradição do Inter “não é dar pontapé” e que o lance faz parte do “código ético dos jogadores”.
O relator José Cláudio Chaves iniciou a votação e, pelo primeiro processo, absolveu o Grêmio pela diminuição da área técnica, condenou Paulão a um jogo de suspenso – já cumprido – e pediu a suspensão de William por oito partidas.Em seguida, o auditor Marcelo Maineri pediu advertência ao Grêmio pela redução da área técnica da Arena e também condenou Paulão por uma partida. Quanto a William, pediu suspensão por seis jogos. O auditor Juliano Milani acompanhou Maineri em todos os votos. O presidente da Comissão, Vinícius Ilha da Silva, seguiu as duas sustentações anteriores.

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