Agronegócio representa 66% das exportações do RS
O agronegócio no Rio Grande do Sul exportou U$ 11,6 bilhões em 2015 e registrou um recuo de quase quatro mil postos de empregos formais. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11/2) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) no lançamento dos Indicadores Econômicos do Agronegócio, que apresenta estatísticas do emprego formal e das exportações do agronegócio do Brasil e do Rio Grande do Sul. A produção destas estatísticas foi viabilizada com o desenvolvimento de metodologias próprias pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE, disponíveis no site da instituição.
As exportações gaúchas do agronegócio totalizam US$ 11,6 bilhões, valor que representa 66,6% das exportações do Estado. Comparativamente ao ano de 2014, o volume exportado cresceu (27,6%), mas houve retração do valor em dólares (-6,1%), sobretudo pela queda nos preços. Mesmo assim, para o exportador gaúcho, isso não representou uma queda nos valores recebidos em reais devido à desvalorização cambial.
Dentre os setores responsáveis pela queda no valor exportado destaca-se o setor de Máquinas e implementos agrícolas (-40,6%). Esta queda resulta, principalmente, na diminuição das remessas para Paraguai, Argentina e Uruguai. Contrariando a tendência de queda, o setor de Produtos Florestais registrou crescimento de 70,9%, devido à ampliação da capacidade produtiva no Estado, e houve também aumento nas exportações de Lácteos (133,3%). Neste caso, o expressivo crescimento no valor exportado em 2015 deve-se ao aumento de exportações para a Venezuela.
A China permanece como o principal comprador das mercadorias do agronegócio gaúcho (US$ 4,2 bilhões em 2015).
Emprego formal do agronegócio
Em 2015, o saldo do emprego formal no agronegócio foi negativo no Rio Grande do Sul. No ano, houve uma perda de 3.983 postos de trabalho. O agronegócio representa cerca de 12% do emprego celetista total do Estado. Apesar da queda, o Rio Grande do Sul manteve a 4ª posição no ranking nacional das unidades da federação com mais empregos no setor (7,5% do total).
A distribuição do emprego é desigual no Estado. A mesorregião Noroeste é a que concentra a maior parte dos empregos do setor (28,%), seguida da Metropolitana de Porto Alegre (24,3%).