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Sartori estuda contratar jovens do serviço militar para policiamento

Sartori estuda contratar jovens do serviço militar para policiamento
09.02.2016 14h27  /  Postado por: upside

O governador José Ivo Sartori analisa a possibilidade de contratar – em caráter emergencial – jovens egressos do serviço militar obrigatório para suprir a falta de efetivo na Brigada Militar (BM). Em audiência com aliados, Sartori afirmou que o governo não pretende chamar os aprovados em concurso público antes da regulamentação do novo regime de previdência, aprovado pela Assembleia em 2015.
A viabilidade de contratação emergencial, conta o presidente do PDT, deputado federal Pompeo de Mattos, ocorreria por um projeto de lei encaminhado pelo governo à Assembleia. “Não tendo como nomear servidores antes da nova previdência entrar em vigor, a contratação de PMs temporários seria uma boa solução.”
A proposta, no entanto, causa contrariedade na oposição. “É um contrassenso. Até as pedras sabem que o Estado precisa da reposição de policiais civis e militares para o enfrentamento à criminalidade. Nossa bancada defenderá a nomeação dos soldados aprovados em concurso”, diz vice-líder do PT na Assembleia, Tarcísio Zimmermann.
Líder do PMDB, Gabriel Souza, rebate a crítica. “O limite de gasto com pessoal foi ultrapassado, o que torna a contratação emergencial uma boa solução. Seria uma resposta possível e rápida para a sociedade, diante da impossibilidade financeira do Estado.”
Ideia não agrada sindicato dos policiais
A ideia de aproveitar egressos do serviço militar obrigatório como solução emergencial para suprir as falhas no policiamento do Estado desagrada sindicatos de policiais. “Não seria mais do que uma medida paliativa. Mais que isso: poderia ser um erro estratégico, já que é necessário treinamento e preparação. Servir à comunidade é diferente de servir às Forças Armadas. Problemas podem ocorrer, mais que soluções”, adverte Aparício Santellano, presidente da Associação de Sargentos, Sub-tenentes e Tenentes da Brigada Militar.
Cerca de 2 mil policiais militares, 650 policiais civis e mais de 500 agentes penitenciários, aprovados em concursos públicos, aguardam serem chamados pelo governo do Estado.

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