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Criminosos presos em Mormaço agiam de forma organizada e sem deixar rastros, segundo delegado

Criminosos presos em Mormaço agiam de forma organizada e sem deixar rastros, segundo delegado
08.02.2016 17h35  /  Postado por: upside

A polícia acredita ter desmantelado não apenas a principal quadrilha responsável por ataques com explosões a agências bancárias no Estado, mas, principalmente, a mais especializada neste tipo de crime. Isso é o que revelaram na manhã desta segunda os delegados envolvidos na ação que resultou no confronto com o bando, em um sítio na zona rural de Mormaço, na madrugada de domingo.
A primeira ação da quadrilha teria sido uma explosão a uma agência do Banco do Brasil, em General Câmara, logo no primeiro dia de 2015. Desde então, aponta a Delegacia de Roubos, do Deic, foram pelo menos 20 ataques entre a Região Metropolitana, Serra e Norte do Estado.
PERFIL DOS CRIMINOSOS: 
Ronaldo Bandeira Mack, 39 anos, embora seja natural de Canoas, articulava suas ações a partir de Novo Hamburgo. Ele morreu durante o confronto com a Polícia. Estava foragido do sistema prisional desde 3 de janeiro de 2015. Era especialista em ataques com explosivos e dominava a técnica de assaltos a carros-fortes. O bandido era o líder da quadrilha.
Leandro Martins Borchartt, 35 anos, natural de Porto Alegre, é irmão de Marcos Antônio Borchartt, conhecido como Marcão, parceiro de Seco, o assaltante de banco mais conhecido do Estado. Tinha vasta experiência em roubos. Era foragido da Justiça desde 23 de maio de 2015, quando fugiu do Instituto Penal Irmão Miguel Dario, na Capital.
Diego de Carvalho Fontinel, 27 anos, e Leandro de Carvalho Fontinel, 24 anos. Os irmãos são naturais de Canoas. A dupla tinha antecedentes por tráfico de drogas. Leandro foi preso pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) no ano passado. Além disso, há envolvimento de Leandro com o tráfico internacional de armas, especialmente de fuzis que eram buscados no Uruguai.
Luciano Bischof Comper, 38 anos, conhecido como Peru, é natural da região de Cachoeirinha e Gravataí. É especialista em abrir cofres de banco. Em maio 2014, ele foi preso em Santa Catarina, em uma operação conjunta entre as polícias dos dois estados. Na época, Comper realizou ataques a agências catarinenses e já articulava ações criminosas no Paraná. No final de 2015 conquistou a liberdade provisória e rapidamente se reuniu ao bando liderado por Ronaldo Mack.
Julio Cezar da Costa, 35 anos, natural de Esteio. Estava em liberdade desde 2010. Conforme a polícia, não tinha antecedentes por assaltos a banco, no entanto, o Deic suspeitava de seu envolvimento com este tipo de crime há bastante tempo.
Fabiano Bueno, 44 anos, natural de Soledade. O único do bando que não tinha ligações diretas com o Vale dos Sinos. Dono do sítio localizado do interior de Mormaço, Bueno tinha a responsabilidade de organizar a logística dos assaltos, além de fornecer dicas sobre as características da região. Estava em liberdade desde 2008 e tinha antecedentes por receptação, adulteração de veículo e tentativa de homicídio.
Jonatha Rosa da Cruz, 34 anos, era natural de Gravataí. Tinha antecedentes por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional. No dia 4 de fevereiro foi a última vez que se apresentou à Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), atestando como endereço fixo o bairro Morada do Vale II.
Os dois adolescentes apreendidos, que não tiveram a idade divulgada, são naturais da região de Soledade e trabalhavam para o bando como olheiros, passando informações privilegiadas.

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