Terça-feira, 25 de Março de 2025
Telefone: (54) 3383 3400
Whatsapp: (54) 9 9999-7374
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo nublado
30°
18°
19°C
Espumoso/RS
Tempo nublado
No ar: Madrugadão Líder
Ao Vivo: Madrugadão Líder
Bom Dia Líder

Assembleia aprova principais pontos do pacote do governo após mais de 12 horas

Assembleia aprova principais pontos do pacote do governo após mais de 12 horas
29.12.2015 09h18  /  Postado por: upside

Mesmo com pressão das galerias e dos deputados de oposição, a base governista conseguiu aprovar, nesta segunda-feira, os projetos do pacote enviado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa. O mais importante deles, o que propõe uma lei de responsabilidade fiscal estadual (PLC 206/2015) e que muda os critérios de gastos com o funcionalismo, foi aprovado, já na madrugada, por 29 votos a 22 contrários, com três emendas. A sessão durou mais de 12 horas. A proposta de lei de responsabilidade fiscal estadual foi a mais polêmica da convocação extraordinária, tendo gerado, inclusive, briga nas galerias. Pouco antes da meia-noite, quando os deputados ainda debatiam o tema em plenário, um tumulto entre dois manifestantes, um que apoiava a proposta e outro contrário ao projeto, culminou em luta corporal, necessitando a interferência da segurança da casa. Mais tarde, o presidente da Assembleia, Edson Brum (PMDB), teve que interromper a sessão e pedir calma às galerias.No plenário, o clima também foi acirrado, com a oposição se revezando na tribuna com críticas ao projeto e ao governo Sartori. O deputado Juliano Roso (PCdoB) definiu a matéria como nociva e nefasta ao Rio Grande do Sul, ao papel do Estado, e ao desenvolvimento econômico e social gaúcho. A deputada Stela Farias, do PT, afirmou que as emendas propostas não resolveriam os problemas e que os serviços públicos no Estado serão precarizados.Outro deputado do PT, Jeferson Fernandes, foi à tribuna advertir que se o projeto fosse aprovado sem parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), um grupo de deputados estava pronto para ir ao Judiciário questionar a legalidade da proposta. Além disso, alertou que se a proposta for implementada, o governo terá que demitir 15% dos servidores do Estado, começando com os celetistas e atingindo os funcionários de carreira de todos os poderes. “Em um estado onde faltam brigadianos, policiais e professores, isso não pode acontecer. Vamos à Justiça.”O pedetista Enio Bacci, da base aliada de Sartori, disse que o projeto distancia o Poder Público de serviços essenciais como saúde, segurança e educação. E cobrou diálogo por parte do Palácio Piratini. “Não quero ver o governo com dinheiro em caixa. Precisamos é de um governo capaz de prestar serviços à população. Governo não se elege para sanear finanças. Tarefa de governo é oferecer saúde, segurança e educação para todos os cidadãos”, disse.Gritos por plebiscitoOutro projeto polêmico aprovado foi a PEC 243/2015, que trata da suspensão de consulta popular para a colocação da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) à venda. A proposta gerou forte debate em plenário, mas acabou sendo aprovada por 37 votos a 17 votos. Nas galerias, os servidores gritavam: “Plebiscito, plebiscito”.Com mais de 12 horas de sessão, foi aprovado após longo debate e pedidos de retirada de quórum, o Plano Diretor do Transporte Coletivo Intermunicipal. Detalhes do texto sem prever avaliação do menor valor de passagem e o longo tempo de concessão foram os principais focos de discussão.O PLC 440, que altera prazos de sindicâncias, com maior autonomia à corregedoria da Polícia Civil, foi aprovado por 29 votos a 24. A extinção da Fundergs também foi autorizada por 30 votos a 23. Por 51 votos a 1, também foi aprovado o PLC 503 que prevê venda da folha de pagamentos do governo do Estado ao Banrisul. Com 34 votos favoráveis, foi aprovado o PLC 506, que define limites para autorizar aplicação de projetos de incentivo ao Esporte e à Cultura. Demais projetos foram retirados de pauta às 4h para apreciação em fevereiro.PolêmicaEntre eles estava a PEC 242/2015, que extingue licença-prêmio e a transforma em aperfeiçoamento, ficou para ser apreciada ao final de todas as votações. Às 21h30min, o líder do governo Alexandre Postal (PMDB) propôs a inversão de pauta, colocando a PEC para o final da sessão extraordinária.A medida foi tomada na tentativa de acelerar a votação e aliviar a pressão sobre os governistas feita pelos servidores, ainda nas galerias da Assembleia. Polêmica no governo Tarso Genro (PT), a chamada Lei da Transparência foi aprovada por unanimidade. A lei determina a publicação na Internet das remunerações de todos os servidores. Até mesmo a realização da sessão extraordinária foi polêmica. Ela foi aprovada por 31 a 22 votos, no início da tarde.

Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
CONCORDO