Campo e lavoura: Cadeia do Leite tem vários desafios para superar no Estado

Segundo o presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Gilberto Piccinini, organizar a cadeia produtiva, com ênfase na pesquisa, na integração entre os setores público e privado, na tecnologia e na busca de qualidade, é o principal desafio da cadeia produtiva do leite. Paccinini, alertou que, sem uma ação organizada, induzida pelo Estado e em parceria com o setor privado, haverá uma seleção natural na atividade, promovendo um grande movimento de exclusão de produtores que não tiverem condições de se adequar às novas exigências de mercado.
Hoje, a produção de leite envolve cerca de 200 mil produtores gaúchos, dos quais 85 mil vendem o produto para a indústria, quatro mil comercializam direto para o consumidor e oito mil utilizam o leite para a produção de derivados dentro da propriedade rural. Levantamento realizado pelo IGL, Emater e Famurs revela que 60,7% dos produtores realizam a atividade em local adequado, 29,9% possuem sala de ordenhas, 72,4% possuem resfriadores e apenas 38% contam com aquecimento de água para a higienização dos equipamentos. Há deficiência de mão de obra em 46% das propriedades, reduzida escala de produção em 29,5% e restrições no fornecimento de energia elétrica em 22,8% dos estabelecimentos rurais. “Precisamos superar estes gargalos, aliando tecnologia e qualidade para conquistar o público consumidor”, apontou.
O desafio nos próximos três anos, segundo Piccinini, é expandir a presença no mercado interno em 20% e começar a buscar consumidores fora do País.
O repórter Eduardo Leães, da Rádio Agert conversa com o dirigente.
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