Emater divulga previsão de queda na safra de verão de 7,05%
A Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR) divulgaram o seu primeiro levantamento sobre intenção de plantio para a safra de verão 2015/2016, na 38ª Expointer, em Esteio. O levantamento foi apresentado, nesta segunda-feira (31/08), durante o café para imprensa, pelo presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn.
Pela projeção inicial, o Rio Grande do Sul terá um acréscimo de 0,74%, em relação à safra anterior, na área total a ser plantada com os principais grãos de verão (arroz, feijão 1ª safra, milho e soja), chegando a 7.352.147 hectares. Nesta área devem ser produzidos, de acordo com o prognóstico da Emater/RS-Ascar, 27.955.987 toneladas, o que representa uma variação negativa de -7,05%, em comparação com o ano anterior. Entre as culturas analisadas, as do arroz (-2,23%), feijão 1ª safra (-5,68%) e a do milho (-9,73%) deverão ter uma redução de área em 2015/2016. A diminuição mais expressiva da área a ser plantada com o milho se deve à queda nos preços do grão, que acaba perdendo área para a soja, já que a oleaginosa possui uma relação de preços mais favorável aos produtores. A soja mantém a tendência dos últimos anos e deverá ocupar uma área 3,14% maior do que em 2014/2015. Em termos absolutos, o aumento representa 165 mil hectares a mais em relação ao ano passado. Destes, cerca de 80 mil deverão ser em áreas novas, especialmente na Metade Sul do Estado. A soja está tomando espaço do milho e do arroz, provavelmente, segundo Minetto, em função da liquidez da cultura. Também foram apresentados os dados relativos à produção de milho para silagem, importante insumo para a atividade leiteira no Rio Grande do Sul. A área destinada à cultura será de 357.800 hectares, registrando um incremento de 2,47% em relação a 2014/2015. O aumento da atividade leiteira nos últimos anos intensificou o uso desse insumo na dieta alimentar do rebanho. Do total da área plantada com milho nesta safra, entre grão e silagem (1.137.338 ha), 31,46% é destinado à silagem. No que se refere ao Valor Bruto de Produção (VBP), ou seja, o valor recebido pelos produtores, a safra de 2015/2016 pode gerar aproximadamente R$ 24,5 bilhões à economia do Estado.