Advogado do deputado Baségio diz que relatório da subcomissão de ética é pífio
O deputado estadual Diógenes Basegio, do PDT, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (17). Ele deve responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e concussão. Basegio é suspeito de exigir parte do salário de servidores, contratar funcionários fantasmas e fraudar gastos com diárias e combustíveis na Assembleia Legislativa. O MP calcula que os desvios no gabinete do deputado vão de R$ 1,4 milhão a R$ 2,4 milhões durante o último mandato. O valor leva em conta arrecadação mensal, durante 48 meses, de montantes que variavam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. O MP vai pedir o confisco de bens de Basegio e do grupo para tentar recuperar o valor desviado. O Advogado Ricardo Giuliani defensor do deputado Diógenes Basegio (PDT) disse que o relatório da subcomissão de etica da assembléia é pífio.
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Segundo a denúncia assinada pelo Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles, entre os anos de 2011 e 2014, de forma permanente, o deputado e os também denunciados Neuromar Gatto, Stela Queiroz e Álvaro Luís Ambrós integraram uma organização criminosa. Ela era ordenada e caracterizada por uma divisão de tarefas, com o objetivo de obter vantagens, especialmente econômicas. Conforme o MP, a pena pode chegar a 20 anos de prisão para o deputado e os principais assessores envolvidos.
A votação da Comissão de Ética, que estava prevista para a mesma reunião, foi marcada para o dia 31 de agosto. Nesta data, os deputados que compõem a comissão vão decidir se o pedido de cassação será levado a Plenário para o voto de demais deputados ou se o caso será arquivado.