Política: Consultor em Transporte diz que investimentos em rodovias dependem de concessões e PPPs
O Corecon/RS promoveu, no último dia 14, mais uma edição do Economia em Pauta, com o tema “Plano de Investimentos em Logística, uma saída para acabar com os gargalos?”. O evento aconteceu na Sala Figueira, do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, e teve como palestrantes o economistaClovis Castro de Azevedo e Souza (Corecon/RS 3876), Consultor em Transportes, e o jornalista OlidesCanton, editor doblog “De Olhos e Ouvidos” e autor do livro “Estradas do Rio Grande”.
O economista Clovis Souza iniciou sua fala apresentando um relato sobre o cenário logístico brasileiro e um resgate histórico dos diferentes planos rodoviários criados pelos governos federal e estadual nos últimos anos. Através de gráficos, demonstrou o comportamento da demanda de transporte do estado representado pelo PIB do Rio Grande do Sul a partir do final dos anos 90, a evolução da estrutura produtiva dos diferentes setores da economia gaúcha, além da taxa média anual de crescimento da frota em circulação no estado, que foi de 6,6% nos anos de 2007 a 2013. Apresentou, ainda, dados sobre a movimentação do corredor do Porto de Rio Grande, que teve um crescimento médio anual de 6,9%, de 2000 a 2013, e de 3,6%, de 2007 a 2013,frente aos diferentes pontos de malhas rodoviária, ferroviária e hidroviária atuais, em execução e ainda previstos para serem implementados no Rio Grande do Sul.
Afirmou que o Plano de Investimentos em Logística (PIL), do governo federal, é extremamente amplo, com previsão de recursos direcionados para o Centro do País, principalmente para a região Centro-Oeste, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. “Existe muito pouca atenção para a área Sul”, disse, destacando a ferrovia ligando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Rio Grande, como forma de fechar parte do anel ferroviário existente entre Porto Alegre e Pelotas, paralela a BR 116.
Clovis Souza apresentou, ainda, mapas das rotas ferroviárias e hidroviárias existentes no estado.Dos 3.165 km de ramais ferroviários existentes, 2.108 encontram-se em funcionamento somente em períodos de safra, cerca de dois meses por ano, e outros 897 km estão suspensos.Os principais são as linhas tronco Porto Alegre-Uruguaiana, Santa Maria-Marcelino Ramos, Cacequi-Rio Grande, General Luz-Lages, Roca Sales-Passo Fundo, além dos ramais de São Borja e Santa Rosa, além da previsão, dentro do PIL, de um novo corredor ferroviário interligando os portos do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Com relação às hidrovias, o economista falou das rotas Porto Alegre-Rio Grande, Cachoeira do Sul-Rio Pardo-Porto Alegre-Rio Grande, e Estrela-Taquari-Porto Alegre-Rio Grande, ressaltando, nesse contexto, o futuro terminal graneleiro do Rio dos Sinos, em Canoas.
Mais detalhes na entrevista do economista ao repórter Eduardo Leães, da Rádio Agert.
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