Caso Cristiano Araújo: advogados pedem ajuda para denunciar vídeos
Após a Google perder o recurso contra a decisão judicial que determinava a retirada dos vídeos e fotos do corpo do cantor Cristiano Araújo, a empresa segue recebendo uma multa diária de R$ 10 mil. Isso porque as imagens continuam circulando na internet.
O valor diário é somado à multa de R$ 50 mil determinada pela justiça, que considerou que houve \”má fé\” no pedido de embargo feito pela empresa. Na última sexta-feira (03/07), a justiça entendeu que tal recurso pode ter sido utilizado para a Google ganhar tempo no processo. De acordo com a advogada Fernanda Gonçalves do C. Moreira, do escritório Mendonça, Moreira & Prado, “o juiz considerou que eles agiram com litigância de má-fé, de acordo com os artigos 18 e 125, III, do Código de Processo Civil”.
Nesta terça-feira (07/07), Fernanda informou ao EGO que os vídeos seguem no Youtube – empresa de responsabilidade da Google -, fazendo com que a multa diária siga sendo aplicada.
A advogada ainda faz um pedido aos internautas para ajudarem na fiscalização. “Caso alguém veja essas imagens, pedimos para que denuncie e envie para nosso e-mail do escritório, porque não temos como monitorar o tempo todo”, explicou. O email para denuncia é: contato@mmpconsultoriajuridica.com.br
Fernanda declarou ainda que por enquanto não recebeu nenhum comunicado sobre um possível novo recurso por parte do Google. “Não sabemos se eles já têm conhecimento da decisão”, afirmou a advogada. Isso porque a decisão segue sem ser publicada, o que está previsto para acontecer ainda esta semana.
Inquérito finalizado
O inquérito para apurar a filmagem e vazamento do vídeo do corpo de Cristiano Araújo sendo preparado para o velório foi finalizado pela polícia no último dia 30 de junho.
Por enquanto, Leandro e Márcia, além de Marco Antônio Ramos – que aparece nas imagens com a mulher, trabalhando no corpo do sertanejo -, terão que responder à Justiça. Eles foram indiciados no artigo 212 do Código Penal, vilipendiar cadáver ou suas cinzas. A pena prevista é de um a três anos de prisão.
As tias de Leandro – que ele diz terem sido as únicas pessoas para quem ele repassou o vídeo – não foram indiciadas também porque afirmaram, em depoimento à polícia esta semana que não o repassaram para ninguém. Caso a perícia aponte que elas mentiram, elas também podem responder pelo crime.