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Campo e lavoura: Investigação por fraude agora chega ao queijo

Campo e lavoura: Investigação por fraude agora chega ao queijo
17.06.2015 06h35  /  Postado por: upside

Depois da identificação de uma série de irregularidades na produção de leite do Estado, chegou a vez dos derivados serem colocados em xeque. Nesta terça-feira, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) deflagrou a primeira etapa da Operação Queijo Compensado. A investigação ocorreu em Três de Maio e Ivoti, onde estão situadas as plantas da Laticínios Progresso. A companhia, que teve suas fábricas interditadas, é acusada de fabricar queijo com amido de milho, para mascarar a adição de níveis reduzidos de leite no produto, e matéria-prima de má qualidade.Ontem, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva (ossócios da empresa Volnei Fritsch e Eduardo Ribeiro, além de Pedro Fritsch), três mandados de medidas alterativas à prisão contra outros investigados e seis mandados de busca e apreensão. \”Essa operação é derivada da Leite Compensado (que já está na oitava edição). Identificamos que cargas de leite rejeitadas pela indústria, por não estarem em conformidade com as normas ou por serem adulteradas, eram repassadas para queijarias\”, explica o promotor de Justiça do MP-RS Mauro Rochemback.Segundo apuração do Ministério Público, a Laticínios Progresso adulterava o leite cru refrigerado para a fabricação de queijo, a partir da adição de cloreto de sódio, amido e outras substâncias para mascarar a adição de água. Com o auxílio do fiscal de Estância Velha Roberto Nardi era viabilizada a comercialização em diferentes regiões do Estado, fora da área de atuação permitida para a empresa. O secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Três de Maio, Valdir Ortiz, e o motorista da companhia Arnildo Roesler também recebiam favorecimentos para dar continuidade ao esquema.Além da adulteração dos produtos, a Laticínios Progresso também é acusada de fraudes fiscais. \”Havia sonegação fiscal. Eles se declaravam pelo Simples Nacional até dezembro, quando foram excluídos do regime. Sequer estavam prestando informações ao fisco desde então\”, diz Rochemback. Entre os materiais apreendidos, estavam uma série de planilhas contábeis. \”Era uma contabilidade paralela\”, define o promotor. Nela, inclusive, constava um pagamentos a Ortiz.A empresa ainda declarava um faturamento mensal de ?R$ 200 mil, quando, na realidade, chegava a R$ 1 milhão. A Receita estadual, que participou da operação, ajuizará uma denúncia para restituir R$ 1,7 milhão de impostos sonegados aos cofres públicos.Novas operações envolvendo o setor lácteo devem ser deflagradas pelo MP. Rochemback afirma que as investigações estão longe do final e outros problemas na cadeia produtiva devem vir à tona em breve. \”Não são crimes pontuais. Encontramos uma cultura criminosa\”, salienta. O promotor ressalta que, além das ações repressivas junto aos envolvidos, é necessário alterar a legislação, aplicando sanções mais severas aos fraudadores e regulamentando atividades como a do transportador.

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