Política: PDT-RS muda e agora é contra terceirização
A volta da Lei das Terceirizações para a pauta da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira , promete uma nova rodada de polêmicas entre os pedetistas gaúchos. Os deputados já aprovaram o texto-base da proposta, mas precisam concluir a análise dos destaques e das emendas apresentados ao projeto. Após dois dos três deputados federais votarem a favor da lei que amplia a possibilidade terceirização nas empresas, lideranças do PDT gaúcho se revoltaram com a posição da bancada em Brasília. Agora, para as votações desta quarta-feira, os três parlamentares pedetistas do RS dizem que irão restringir ao máximo a abrangência da lei. O deputado Giovani Cherini garante que não mudou de opinião e quer esclarecer até onde pode se estender a atividade-meio. “Não é uma questão ideológica, é pela segurança dos trabalhadores que estão à mercê dessa regulamentação”. Segundo ele, as críticas deveriam ser encaminhadas ao Tribunal Superior do Trabalho. “Eles que criaram a lei, agora são contra.” O pedetista Afonso Motta se diz sensível ao debate criado em torno do tema. “Fizemos esforço para que não entrasse na pauta, e votamos contra a urgência. Agora teremos posição bastante restritiva. Sabíamos das pressões que viriam”, declarou. Para o deputado Pompeo de Mattos, presidente estadual do partido, o PDT teve coragem. “O primeiro voto que o PDT deu foi para desprecarizar os 12 milhões de trabalhadores terceirizados. E agora, na segunda rodada de votos, é para não permitir a precarização dos mais de 40 milhões formalizados. Não há trabalhadores mais importante que os outros”, afirmou, acusando a bancada petista de dar o “voto covarde” contra os trabalhadores terceirizados. “Demos a cara a tapa. Quem questionou, não entendeu, mas aos poucos vão compreender”, disse aos correligionários insatisfeitos.