Hospitais beneficentes do RS tentam diálogo com o governo sobre cortes e dívidas
Foi realizada na manhã desta sexta-feira, 27 de fevereiro uma assembleia extraordinária na Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul. O encontro, realizado na sede da instituição em Porto Alegre, contou com a presença de mais de 150 dirigentes de hospitais de todo o estado e diversas entidades representativas para discutirem a crise nos hospitais filantrópicos do estado. A pauta principal foi a redução em 30% nos repasses mensais que o governo estadual, passou a fazer a partir de janeiro, para as Santas Casas, cujas despesas, em sua maioria, são com o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul está cobrando dívida do governo estadual referente a serviços prestados do ano passado da ordem de R$ 132 milhões. Além deste valor, há um atraso no repasse de R$ 25 milhões, referente à janeiro deste ano sobre a participação do Estado nas despesas de atendimento aos pacientes do SUS.
De acordo com informação do presidente da Federação das Santas Casas no Rio Grande do Sul, Julio Dornelles de Matos, os hospitais filantrópicos são responsáveis por mais de 70% do atendimento do SUS no estado. São 17 mil leitos e sete milhões de gaúchos, que utilizam o atendimento das Santas Casas em 220 municípios.
Na última quarta-feira, 25 de fevereiro, o governo do estado informou a liberação de R$ 36 milhões, oriundos do Ministério da Saúde, referentes à assistência de média e alta complexidade que estavam pendentes a mais de 30 dias para os hospitais filantrópicos. O repasse vai permitir que ao menos, 150 hospitais de todo o estado possam dar continuidade a procedimentos inadiáveis.
Ao fim da reunião, o presidente da Federação, Julio Dornelles de Matos, conversou com o repórter Edson de Souza da Rede Gaúcha de Rádios do Interior
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