CBF chama Dunga de volta e adota Lei de Tiririca: Pior que tá, não fica
Nada de técnico estrangeiro, de ideias inovadoras ou qualquer outra revolução para tirar o futebol brasileiro da crise que foi escancarada desde os inesquecíveis7 a1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. A CBF optou por um nome conhecido para substituir Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira. A entidade irá anunciar o retorno do ex-jogador Dunga para o cargo de técnico da equipe nacional, nesta terça-feira (22), a partir das 11 h, em sua nova sede, no Rio de Janeiro.
A escolha acontece no momento em que a equipe nacional se encontra no fundo do poço. Como se não bastasse ser goleada pela campeã Alemanha, não teve sequer o brio de ficar com o terceiro lugar e também perdeu para a Holanda. A intenção, depois do fracasso, é não correr riscos. Entra em cena o lema do palhaço Tiririca, que virou deputado federal: “Vote no Tiririca. Pior que tá, não fica.”
Ele usou esse slogan durante a campanha que o elegeu deputado federal, em 2010, quando foi o que mais recebeu votos, passando de 1,3 milhão. Com a aposta em Dunga, a CBF quer usar o estilo centralizador do treinador para implantar um regime “militarista” na seleção e evitar o clima de badalação que gerou críticas durante o Mundial. Causou irritação na cúpula da entidade, durante a preparação em Teresópolis, a exposição a que os jogadores foram submetidos. Muitos posavam para fotos com torcedores e distribuíam autógrafos. Enquanto isso, apresentadores de TV tinham acesso a treinamentos, também com a permissão dos dirigentes.