O Banrisul disponibilizará uma linha de crédito exclusiva para que os permissionários do Mercado Público tenham condições de recuperar seus estabelecimentos após o incêndio ocorrido no sábado. De acordo com o presidente do banco, Tulio Zamin, em entrevista coletiva na Casa Civil, em Porto Alegre, o processo para a contratação do crédito será facilitado, e os comerciantes terão prazo de pagamento de 60 meses, com carência de 12. As taxas de juros, segundo Zamin, serão “as menores possíveis” – até 0,95% ao mês.
O limite de crédito será definido individualmente, conforme a necessidade e a demanda de cada cliente. “Não haverá nenhuma limitação do ponto orçamentário e nenhuma pré-condição que distinga um permissionário do outro”, afirmou Zamin.
• Em imagens, a destruição do prédio histórico• Mercado Público pode reabrir em uma semana, estimam comerciantes
Zamin informou que a instituição também oferece para todos os permissionários o cartão de crédito do BNDES, modalidade de crédito pré-aprovado para o financiamento de máquinas, equipamentos, utilitários e compra de insumos. “Estas medidas pretendem fazer chegar os recursos necessários o mais rápido possível, tanto para a reposição dos estoques e pagamento de fornecedores e funcionários, quanto para a recuperação dos instrumentos produtivos dos estabelecimentos.”
Já o Secretário Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic), Humberto Goulart, confirmou hoje que o seguro que prevê aporte contra incêndio foi renovado no início de 2013 e o valor é de cerca de R$ 16 milhões. O Mercado Público também dispõe de um fundo financeiro de cerca de R$ 5 milhões, que não deve ser usado integralmente, em razão da possíbilidade de novos incidentes.
Reconstrução
Permissionários e servidores da Prefeitura Municipal trabalham nesta segunda-feira no início do processo de reconstrução do prédio histórico. Além da retirada dos escombros e de mercadorias que não foram danificadas pelas chamas, o Executivo faz cálculos para avaliar a quantia que será necessária para recuperar um dos cartões postais da Capital gaúcha.
Após uma reunião na manhã desta segunda-feira em que participaram secretários municipais, foi definido que será elaborado um laudo técnico sobre os danos causados na estrutura do edifício. A partir desse documento, será possível prever o valor total dos prejuízos e quanto será preciso para recuperação. “Qualquer decisão (hoje) não é possível de ser tomada. A partir de amanhã, nós podemos tomar decisões coletivas. O laudo vai apontar o tamanho do estrago”, resumiu o prefeito em exercício, Sebastião Melo, em entrevista ao site do Correio do Povo.