Laudo deve apontar causa da morte de secretária de Estado
A polícia aguarda o resultado do laudo pericial para apontar o que pode ter provocado a morte da secretária estadual de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), Márcia Santana, há duas semanas em Porto Alegre. A investigação trabalha com uma nova hipótese: se há relação entre tratamento para emagrecer e a morte súbita.Segundo a titular da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher, delegada Nadine Farias Anflor, que investiga o caso, a utilização do hormônio HCG é permitido pelo Conselho Federal de Medicina e também pelo Conselho Regional do Rio Grande do SUl (Cremers). O tratamento, que era realizado também pelo marido da secretária, incluía, além de injeções de HCG, utilização de outros medicamentos, redução de alimentação para 500 kcal por dia e a proibição de atividades fisicas. A delegada lembra que, apesar da liberação no Rio Grande do Sul, o Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul proibiu o uso do HCG para emagrecimento em fevereiro deste ano. Ainda que não haja ilegalidade aparente, a delegada percebe indícios de falha ética do médico que vendia as injeções de HCG no próprio consultório. A delegada deve enviar os resultados da investigações ao Cremers.O advogado, que representa o médico endocrinologista responsável pelo tratamento foi contatado pela reportagem da Rádio Guaíba, mas afirmou que o seu cliente só vai se manifestar após a conclusão do laudo pericial. O governo do Estado ainda não anunciou quem vai ocupar a pasta de Política para as Mulheres. Entretanto, informações de bastidores dão conta que o nome deve ser pertencer à corrente petista Movimento PT.