Cai para 101 o número de vítimas internadas após incêndio em SM
Caiu para 101 o número de vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Em boletim divulgado neste domingo, foi informada a redução do número anterior, que era de 114. De acordo com informações da Força Nacional do SUS, os pacientes permanecem internados em hospitais de cinco cidades gaúchas. São 237 mortes confirmadas por conta do incidente até agora.
Porto Alegre é a cidade com maior número de pacientes, assim como dos casos mais graves, com 50 internados e 30 deles necessitando de ventilação mecânica. São 46 em Santa Maria (seis em ventilação mecânica), três em Canoas (dois em ventilação mecânica), um em Caxias do Sul e um em Ijuí. Velório da 237ª vítimaTeve início na tarde deste domingo o velório de Bruno Portella Fritks, 237ª vítima da tragédia de Santa Maria. Ele está sendo velado na capela do Cemitério Santa Rita de Cássia, bairro Camobi. O sepultamento ocorrerá às 10h desta segunda-feira.Fritks, 22 anos – que estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre – morreu na noite desse sábado. O falecimento ocorreu por volta das 22h, mesmo horário em que ocorria, na Basílica da Medianeira, a Missa de Sétimo Dia em memória às vítimas.A tragédiaO incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min do domingo passado. O público jovem participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado em uma forração de isopor.As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.