Previsão é de verão mais chuvoso e com temperatura acima da média no RS
O verão começou nesta sexta-feira no Hemisfério Sul às 9h11min (hora de verão). A previsão, conforme a MetSul Meteorologia, é de que não se repita o quadro de seca severa registrado neste ano. Além disso, o verão deve ter temperatura acima da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul.
A estação inicia com uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, sem influência dos fenômenos La Niña e El Niño, diferente dos anos anteriores. Anomalias de temperatura da superfície do mar no Pacífico Central podem atingir marcas equivalentes a de La Niña, contudo sem estabelecer um episódio do fenômeno.
O período terá a tradicional variabilidade de volumes de chuva de região para outra, e que se acentua nesta época do ano por causa das pancadas localizadas que ocorrem normalmente da tarde para a noite, nos dias de calor e umidade. Apesar do verão mais chuvoso que 2011, a MetSul Meteorologia adverte que aumenta o risco de que haja irregularidade na precipitação durante a segunda metade da estação com possibilidade de algumas áreas sofrerem com déficit hídrico.
Ainda segundo a MetSul, são prováveis durante este verão episódios de chuvas locais que podem ser extremas em curto período, com alto risco de transtornos, sobretudo nas Metades Sul e Leste do Estado. Neste verão se espera ainda uma maior freqüência que na temporada de 2011 de temporais, comuns da tarde para a noite e alguns intensos com vendavais e até risco de tornados.
Águas mais quentes no Atlântico, junto à costa gaúcha, contribuem para atenuar o risco de estiagem prolongada e generalizada no verão, como em 2011, e ainda devem favorecer um verão mais quente e úmido, logo abafado. Dias mais amenos devem ocorrer, porém serão poucos. Outra consequência do Atlântico aquecido na costa será um maior número de dias com mar de águas claras e quentes no Litoral Norte.
O famoso vento “Nordestão” vai, como sempre, soprar nas praias, mas deve ser menos frequente neste veraneio devido ao menor contraste térmico continente-oceano proporcionado pelo Atlântico aquecido. As condições oceânicas da costa, por outro lado, agravam o risco de formação de ciclones subtropicais e em, em casos excepcionais, de natureza até tropical.